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Axenya capta US$ 12 mi com Canary e Indicator para escalar saúde corporativa

Healthtech usa IA para identificar e prevenir doenças crônicas e entrega uma sinistralidade menor para as empresas

A Axenya, healthtech que faz a gestão dos custos de planos de saúde para empresas através do monitoramento de doenças usando inteligência artificial, levantou US$ 12 milhões (cerca de R$ 65 milhões) em uma rodada série A liderada pela Canary e pela Indicator Capital. O aporte também foi acompanhado pela gestora de venture capital chilena Zentynel.

Os recursos serão usados para expansão comercial e investimento na sua plataforma tecnológica, que usa inteligência artificial, interoperabilidade de dados e biomarcadores conectados a câmeras para identificar e prevenir doenças crônicas.
 

“Acreditamos que a Axenya está construindo a infraestrutura tecnológica necessária para transformar a gestão da saúde corporativa no Brasil. Como fundo especializado em deep tech, nosso papel é acelerar essa transformação ao integrar dados, dispositivos e inteligência preditiva”, afirma Thomas Bittar, cofundador da Indicator.

Já a Canary, que já investiu em outras empresas de saúde como a operadora de planos Alice e a Arvo – startup que atua no setor de transações entre operadoras e prestadores de saúde –, vê muito potencial para investimento em healthtech no Brasil. “A tese da Axenya, de otimizar os gastos das empresas com planos de saúde, ao mesmo tempo em que melhora o cuidado para as pessoas com quadros mais críticos, nos deu confiança para apostar”, afirma Kristian Huber, sócio da Canary.

Com formação em engenharia e experiência no setor de saúde, tendo trabalhado em farmacêuticas como Pfizer e Eli Lilly, e passagem pelo fundo Warburg Pincus, o argentino Mariano Garcia-Valiño fundou a Axenya em 2020 com o objetivo de atuar de maneira preventiva na gestão de saúde, identificando quais colaboradores das empresas precisam ir ao médico antes que a doença se torne crônica, o que reduz o número de doentes, e consequentemente da sinistralidade.

Esse monitoramento é realizado, por exemplo, com a medição de biomarcadores capazes de antecipar riscos de doenças, sugerir intervenções e otimizar a jornada de cuidado com a saúde. A empresa espera agora investir em novas tecnologias de biologia molecular.

Com essa abordagem, o índice de sinistralidade da carteira da Axenya chega a ser 15 pontos percentuais abaixo da média do mercado. Isso se traduz em menor custo para as empresas, entregando reajuste 50% menor do que a média do mercado, segundo Mariano Garcia-Valiño, fundador e CEO da Axenya.

Após a compra da corretora de planos de saúde HealthCo dois anos atrás, a Axenya saltou de 25 mil vidas para 107 mil. “Queremos chegar ao redor de um milhão de vidas em 36 meses”, diz Garcia-Valiño, que ainda vê espaço para aumentar a adesão a planos de saúde dos atuais 25% da população para 66%. Em até três anos, ele espera entrar nos Estados Unidos.

Essa é a terceira captação realizada pela Axenya, que já havia captado R$ 37,1 milhões em rodadas anteriores, com a participação de Patria High Growth, Big Bets, Zentynel e outros. A healthtech encerrou o ano passado com uma receita de US$ 3,5 milhões.

Fonte: Pipeline
Por: Silvia Rosa

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